domingo, 21 de agosto de 2011

Texugo


  Texugos são animais de pernas curtas e atarracados, carnívoros que pertencem à família dos mustelídeos. Existem oito espécies de texugo, divididos nestas três subfamílias: Melinae, Mellivorinae . O texugo fedido asiático do gênero Mydaus costumava ser incluído com os Melinae, mas recentes evidências genéticas indicam que seriam de fato parentes do Velho Mundo dos cangambás. Os texugos típicos têm pernas curtas e são corpulentos. A maxilar inferior é articulada à superior por meio de um côndilo transversal firmemente fixado a uma cavidade longa do crânio, para que a deslocação do maxilar seja quase impossível. Isto permite ao texugo manter a sua presa com uma tenacidade máxima, porém limita o movimento de sua mandíbula a dobrar de forma a abrir e fechar ou escorregar de lado a lado, sem o movimento de torção possibilitado pelas mandíbulas da maior parte dos mamíferos.
   O comportamento dos texugos diferencia-se pela família, mas todos se abrigam no subterrâneo, vivendo em túneis chamados tocas. Alguns são solitários, mudando-se de casa em casa, enquanto outros são conhecidos por formarem clãs. O tamanho do clã é variável de 2 para 15. Os texugos são animais ferozes e protegerão seus jovens a qualquer preço. Os texugos são capazes de repelir animais muito maiores como raposas, lobos, coiotes e ursos. Os texugos podem correr ou galopar em até 25–30 km por hora de curto períodos de tempo.


@romulusmota




domingo, 14 de agosto de 2011

Suçuarana


   A suçuarana também conhecida como puma onça-parda, onça-Vermelha, cougar, jaguaruna, leão-baio, leão-da-montanha, dependendo da região, é um mamífero da família Felidae nativo das Américas. Este felino grande e solitário tem a maior área de distribuição entre todos os grandes mamíferos terrestres do hemisfério ocidental, sendo encontrado desde o Yukon no Canadá aos Andes meridionais. Como espécie adaptável e generalista, a suçuarana é encontrada em qualquer região e tipo de habitat do Novo Mundo. É o segundo felino mais pesado do Novo Mundo, a seguir à onça-pintada. Apesar de grande, é mais aparentada dos pequenos felinos. Alguns cientistas consideram a suçuarana e guepardo como parentes próximos.

   Um hábil predador de espera e emboscada, a suçuarana caça uma variedade de presas. As fontes primárias de alimento incluem ungulados como cervos (incluindo alces e uapitis) e Carneiro-selvagem, bem como gado doméstico, cavalos, e ovelhas, em particular na parte norte da sua área de distribuição. Também pode caçar espécies tão pequenas como insetos e roedores. Prefere habitats com vegetação rasteira densa e áreas rochosas adequadas às emboscadas, mas também pode viver em áreas abertas.
   A suçuarana é territorial e persiste em densidades demográficas baixas. Os tamanhos dos territórios individuais dependem do terreno, vegetação, e abundância de presas. Embora seja um grande predador, nem sempre é a espécie dominante na sua área de distribuição, como quando compete pelas suas presas com animais como o lobo-cinzento, onça-pintada, urso-negro e urso-cinzento . É um animal recluso e normalmente evita pessoas. Os ataques a seres humanos permanecem raros, apesar de um aumento recente de frequência.
   Devido ao excesso de caça após a colonização europeia da América e da ocupação humana contínua dentro do seu habitat, as populações diminuíram na maior parte de sua área histórica de distribuição. Em particular, a suçuarana foi extinta no leste da América do Norte , com exceção de uma subpopulação isolada no estado da Flórida, nos Estados Unidos. Há muitos avistamentos que afirmam que o animal foi recolonizando partes do seu antigo território oriental, como Ontário no Canadá, Maine, Península Superior, Norte do Michigan, Missouri e Illinois nos Estados Unidos. Um leão fotografado por guardas-florestais de Indiana, Estados Unidos em maio de 2010, pode ter escapado do cativeiro alguns anos antes.
   Até finais dos anos 1990, estavam registradas pelo menos 32 subespécies; contudo, um estudo genético recente descobriu que muitas dessas subespécies são demasiado semelhantes para serem reconhecidas como distintas a um nível molecular. No seguimento destas pesquisas, a obra canônica Mammal Species of the World (3.ª edição) reconhece seis subespécies, cinco das quais são somente encontradas na América Latina.










sábado, 13 de agosto de 2011

Ornitorrinco


   O Ornitorrinco é um mamífero semiaquático natural da Austrália e Tasmânia. É o único representante vivo da família Ornithorhynchidae, e a única espécie do gênero Ornithorhynchus . Juntamente com as équidnas, formam o grupo dos monotremados, os únicos mamíferos ovíparos existentes. A espécie é monotípica.
   O ornitorrinco possui hábito crepuscular e/ou noturno. Carnívoro, alimenta-se de insetos, vermes e crustáceos de água doce. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não possuem dentes. A fêmea não possui mamas, e o leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. Esporões venenosos nas patas estão presentes nos machos e são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores.
   As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Hoje, ele é um ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos do dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção. Recentes pesquisas estão sequenciando o genoma do ornitorrinco e pesquisadores já descobriram vários genes que são compartilhados tanto com répteis como com as aves. Mas cerca de 82% do seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferos já sequenciadas, como o cachorro, a ratazana e o homem.
   O ornitorrinco é endêmico da Austrália, onde é encontrado no leste de Queensland e Nova Gales do Sul, no leste, centro e sudoeste de Victoria, Tasmânia, e Ilha King. Foi introduzido no extremo oeste da ilha Kangaroo, entre 1926 e 1949, onde ainda mantém uma população estável. A espécie está extinta na Austrália Meridional, onde era encontrada nas Colinas de Adelaide e na Cordilheira do Monte Lofty.
   A espécie é dependente de rios, córregos, lagoas e lagos. A distribuição geográfica mostra considerável flexibilidade tanto na escolha do habitat quanto na adaptabilidade a uma variação de temperatura. A espécie é capaz de enfrentar tanto as altas temperaturas das florestas tropicais de Queensland, como áreas montanhosas cobertas por neve em Nova Gales do Sul. A distribuição atual do ornitorrinco mudou muito pouco desde a colonização da Austrália, e continua a ocupar grande parte de sua distribuição histórica.
   O ornitorrinco tem um corpo hidrodinâmico e comprimido dorsoventralmente. Os membros são curtos e robustos, e os pés possuem membrana interdigital. Cada pé tem cinco dígitos com garras. A cauda é semelhante à de um castor. O focinho, que lembra um bico de pato, é alongado e coberto por uma pele glabra, macia, úmida e encouraçada; ele é perfurado sobre toda sua superfície por poros com terminações nervosas sensitivas. As narinas também se abrem no focinho, na sua metade dorsal superior, e estão posicionadas lado a lado. Os olhos e as orelhas estão localizados em um sulco logo após o focinho, esse sulco é fechado por uma pele quando o animal está sob a água. A idéia de que o ornitorrinco tinha um bico córneo como o das aves surgiu do exame de espécimes ressecados. Os órgãos olfatórios não são tão desenvolvidos quanto nas équidnas. E a espécie não tem orelhas externas ou pina.


@romulusmota

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Guaxinim


   O guaxinim, também chamado mapache e rato-lavadeiro em Portugal, é um mamífero da família dos procionídeos bastante parecido com o mão-pelada, porém com as patas esbranquiçadas. Tais animais são encontrados nas Américas do Norte, Central e do Sul, e também são conhecidos pelo nome de racum. Existem também na Europa Central e no Cáucaso, onde estabeleceram-se após as fugas dos quintais de criação de peles.
   O habitat preferido do guaxinim são florestas próximas à água e pântanos. Durante o dia, ele dorme em árvores ocas, buracos em pedras ou no chão. É muito adaptável e hoje é encontrado também em áreas urbanas.
   O guaxinim, mapache ou urso-lavador possui cabeça grande e focinho pontiagudo. Ele tem pêlo longo e uma cauda espessa, com anéis castanhos e pretos. No dorso e dos lados, sua cor é marrom-acinzentado, e o abdômen é cinza claro. As manchas pretas em suas “bochechas”, que se estendem entre os olhos e através da testa em uma listra vertical, também são típicas.
   Estes podem até se reconhecer durante a noite por meio dessa “máscara” facial. Eles podem medir entre 45 e 70 centímetros.


@romulusmota


   


sábado, 6 de agosto de 2011

Urubu-Rei


   Urubu-rei  é uma ave da família Cathartidae. Habitante de zonas tropicais a semi-tropicais, desde o México à República da Argentina, e em todo o Brasil, onde sua caça é proibida, pois é considerada uma ave importante na limpeza do meio ambiente, quando muitos animais são exterminados por doença, o urubu ajuda a controlar a epidemia comendo os animais mortos e agonizantes. Tem cabeça e pescoço nus, pintados de vermelho, amarelo e alaranjado, a parte superior do corpo amarelo-clara, esbranquiçada, asas e cauda pretas, o lado inferior branco, com plumagem branca e negra. Possui uma envergadura de 2 metros e peso que oscila de 3 a 5 kg, medindo cerca de 85 cm de comprimento. Na natureza tem poucos predadores naturais, mas, devido à baixa reprodutividade da espécie e à degradação do seu habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar. Também é conhecido como corvo-branco, urubu-real, urubu-branco, urubutinga, urubu-rubixá e iriburubixá.

   O maior e mais colorido de todos os urubus, recebe este nome por vários motivos: pela exuberante coloração, presente principalmente na cabeça, e de seu forte bico que lhe proporciona ser o único urubu a conseguir a abrir as partes mais difíceis de seu alimento, como a carcaça de um animal grande, e sendo capaz de rasgar o couro de um boi ou de um cavalo; como é um urubu sociável frequenta carniça com outros urubus e assim que ele "abre" uma carcaça é seguido por outras aves necrófagas, que se aproveitam da carcaça já aberta para se alimentarem, quando ele não encontra a carniça espera que outros urubus achem-na, para então ele se alimentar, essas espécies que o acompanham na alimentação ficam afastadas, devido ao seu tamanho, dando a ele o aspecto de ser o rei entre elas; essas espécies nunca disputam alimento com ele, esperam respeitosamente que ele se satisfaça para então comer o que sobra.
Tem até 3 vezes o tamanho das outras espécies, possui 85 cm de comprimento, pesando aproximadamente 3kg, podendo chegar a 5kg, mas é bastante pequeno quando comparado a outros rapinantes. Sua envergadura varia de 1,70 m a 2,00 m. De narinas vazadas, tem pernas cinza e garras longas e grossas, possui uma crista carnuda e laranja, pendente no macho. O urubu-rei é mudo, não possui siringe (laringe inferior das aves), sabe, porém bufar. A cabeça e o pescoço do urubu são implumes, isso quer dizer que não têm penas. Esta falta de penas é uma adaptação de higiene, a falta de penas previne bactérias da carniça, e expõe a pele aos efeitos esterilizantes do Sol.
Raramente ele voa mais alto que 400 metros e podendo enxergar uma presa de 30 centímetros no solo, mas prefere animais grandes. Destaca-se dos outros urubus pelo desenho branco e preto da asa e pela cauda muito curta, o que lhe dá uma aparência arredondada em vôo. Quando está sobrevoando uma área, chama a atenção o contraste entre o negro da cauda e asas com o corpo todo branco do adulto. Para diferenciá-lo do Cabeça-seca a grande altura, observe que a cabeça e pescoço são pequenos e pouco notáveis, bem como os pés não aparecem depois da cauda.
Ao contrário dos outros urubus, é todo negro até o sexto mês de idade. A partir daí, começa a adquirir plumagem branca amarelada do corpo; só às penas da cauda e as longas penas da asa continuam negras. É um processo de até 4 anos de duração. O pescoço é todo colorido, alaranjado ou vermelho. Essas cores fazem um intenso contraste com o olho branco, cor já exibida pela ave juvenil. O urubu-rei não possui muitas diferenças sexuais, o macho é levemente maior do que a fêmea. Ao nascer, está coberto com uma fina penugem branca, mantida nas primeiras semanas de vida.

   @romulusmota

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dragão-de-Komodo

   
   Dragão-de-komodo ou crocodilo-da-terra é uma espécie de lagarto que vive nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang e Flores, na Indonésia. Pertence à família de lagartos-monitores Varanidae, e é a maior espécie de lagarto conhecida, chegando a atingir 2–3 m de comprimento e 70 kg de peso. O seu tamanho invulgar é atribuído a gigantismo insular, uma vez que não há outros animais carnívoros para preencher o nicho ecológico nas ilhas onde ele vive, e também ao seu baixo metabolismo. Como resultado deste gigantismo, estes lagartos, juntamente com as bactérias simbiontes, dominam o ecossistema onde vivem.Apesar dos dragões-de-komodo comerem principalmente carniça, eles também caçam e fazem emboscadas a presas incluindo invertebrados, aves e mamíferos.
  Os dragões-de-komodo foram descobertos por cientistas ocidentais em 1910. O seu grande tamanho e reputação feroz fazem deles uma exibição popular em zoológicos. Na natureza, a sua área de distribuição contraiu devida a atividades humanas e estão listadas como espécie vulnerável pela UICN. Estão protegidos pela lei da Indonésia, e um parque nacional, o Parque Nacional de Komodo, foi fundado para ajudar os esforços de proteção.
   O dragão-de-komodo é conhecido, para os nativos da ilha de Komodo, como orabuaya darat (crocodilo da terra) ou biawak raksasa (monitor gigante).



@romulusmota