sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Corvo


   corvo é uma ave da família Corvidae, representantes de maiores dimensões da Ordem passeriformes. Possuem ampla distribuição geográfica nas zonas temperadas de todos os continentes, vivendo em bandos com estrutura hierárquica bem definida e formam, geralmente, casais monogâmicos. Sua alimentação é omnívora e inclui pequenos invertebrados, sementes e frutos; podem ser também necrófagos. Tais aves surgiram na Ásia, mas todos os continentes temperados e várias ilhas tem representantes de 40 ou mais membros do gênero. Na mitologia, os corvos são vistos geralmente como portadores de maus presságios, devido à sua plumagem negra e hábitos necrófagos.
   Os estudos da inteligência em corvos têm demonstrado que tais animais são dotados de um aparato cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações que podem ser compreendidas como sinais de inteligência. Como exemplo disso, tem-se a descoberta de cientistas da Universidade de Auckland de que os corvos têm a capacidade de usar três ferramentas em sucessão para conseguir chegar até os alimentos. Alguns corvos que comem sementes difíceis de se quebrar atiram as semente nas ruas de uma metrópole qualquer e deixa que os carros quebrem-nas. O corvo da Nova Caledónia (Corvus moneduloides), é conhecido pela sua capacidade de fabricar e utilizar pequenos instrumentos que o auxiliam na alimentação. Em testes especificos de inteligência animal costumam atingir altas pontuações.

@romulusmota

sábado, 15 de outubro de 2011

Lêmure


   Lêmure refere-se a qualquer espécie da infra-ordem Lemuriformes, todas elas arborícolas, de hábitos noturnos, endémicas da ilha de Madagascar. Assemelham-se aos símios, no aspecto e nos hábitos, mas são dotados de focinho que lembra o da raposa, grandes olhos, pêlo lanoso, muito macio, e cauda geralmente longa e peluda, nunca preênsil.
   A palavra lémure deriva do latim "lemures", que significa "espírito(s) da noite" ou "fantasma(s)" e deve-se provavelmente ao fato de estas criaturas serem brancas e noctivagas, perambulando pela noite e fazendo os seus chamamentos.
   Os lêmures só são encontrados na ilha de Madagascar e em algumas pequenas ilhas circundantes como as Comores. Indícios fósseis indicam que eles atravessaram o mar após Madagascar se ter separado de África. Enquanto que os seus antepassados competiam com macacos e outros primatas, os lêmures estavam a salvo, sem qualquer tipo de competição, e por isso diferenciaram-se numa grande quantidade de espécies.
   Os lêmures podem ir dos 30 gramas aos 10 kg. As maiores espécies, algumas das quais pesavam mais de 240 kg, extinguiram-se desde que os humanos se estabeleceram em Madagáscar. As espécies menores são noctívagas enquanto as maiores são diurnas.
   As espécies pequenas Cheirogaleoidea alimentam-se de frutos, folhas, brotos, néctar, insectos, pequenos vertebrados e ovos roubados de outros animais. Os resto das espécies Lemuroidea são essencialmente herbívoros, embora possam complementar a dieta com insectos.
   Os lêmures possuem polegares oponíveis, mas as suas caudas não são preênseis. Têm unhas em vez de garras e visão a cores limitada.
   Ao contrário do resto dos primatas, os lêmures vivem numa sociedade matriarcal.

@romulusmota

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Capivara


   Encontrada em certas áreas das Américas do Sul e Central, próximo a rios e lagos, a capivara é o maior roedor herbívoro do mundo. Alimenta-se de capins e ervas, comuns em várzeas e alagados, e pode chegar a pesar até 80 kg.
   É uma excelente nadadora, tendo inclusive pés com pequenas membranas. Ela se reproduz na água e a usa como defesa, escondendo-se de seus predadores. Ela pode permanecer submersa por alguns minutos. A capivara também é conhecida por dormir submersa com apenas o focinho fora d'água.
   No Pantanal, seus principais períodos de atividade são pela manhã e à tardinha, mas em áreas mais críticas podem tornar-se exclusivamente noturnas. Nas décadas de 60 e 70 as capivaras foram caçadas comercialmente no Pantanal, por sua pele e pelo seu óleo que era considerado como tendo propriedades medicinais. Estudos posteriores indicam que pode haver, no mínimo, cerca de 400 mil capivaras em todo o Pantanal.
   A capivara, como animal pastador, utiliza a água como refúgio, e não como fonte de alimentos, o que a torna muito tolerante à vida em ambientes alterados pelo homem: tornou-se famoso o caso da "capivara da lagoa", que viveu durante meses no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas na área urbana do Rio de Janeiro, assim como é notória a presença de capivaras em partes dos rios Tietê e Pinheiros, em plena São Paulo, apesar do altíssimo índice de poluição destes rios.
   Nas regiões ao longo do Rio Paraná no sul do Brasil e norte da Argentina, as capivaras são freqüentemente capturadas e aprisionadas para criações em cativeiro ou para serem abatidas como carne de caça.
   Entretanto, no Brasil, esta prática tem de ser precedida de projeto e licenciada pelos órgãos de controle ambiental sob pena de configurar crime ambiental, já que a capivara é uma espécie protegida por lei.
   Existem estudos para sua criação em cativeiro visando a produção de carne como substituto à caça predatória, mas ainda há poucos resultados práticos nesse sentido. Sua carne tem sabor próximo ao do porco e é mais magra porém com um sabor mais picante.

@romulusmota

domingo, 25 de setembro de 2011

Formiga-Africana


   Encontradas principalmente no centro e no leste da África, o macho das formigas do gênero Dorylus é classificado como a maior das formigas conhecidas.
  Às vezes referidas como "sausage flies" (moscas-linguiça), devido ao formato do seu abdomên, antes acreditava-se que eram membros de outra espécie. Os macho deixam a colônia ao nascer, mas são guiados pelo odor exalado pela trilha de formigas quando atingem a maturidade sexual.
   Quando a colônia encontra um macho, arrancam suas asas e o levam para dentro do formigueiro para acasalar com uma fêmea virgem, em seguida, como em todas as espécies de formiga, o macho morre.





@romulusmota

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Aranha-Camelo









   Os solífugos são invertebrados de oito patas que pertencem a ordem Solifugae, uma das ordens menores da Classe Arachnida, Subfilo Chelicerata, Filo Arthropoda, que inclui cerca de 900 espécies descritas, 67 conhecidas da América do Sul. O nome Solifugae vem do latim e significa “os que fogem do sol”. O nome não reflete o conhecimento atual do grupo, muitas espécies são diurnas e crepusculares. As noturnas também não apresentam fotofobia e, ao contrário, são atraídas por luz artificial. Os solífugos são também conhecido como solpugídeos, também uma palavra latina de sigficado semelhante a solifugae.
   O corpo está dividido em prossoma e opistossoma. O prossoma apresenta-se segmentado. A parte anterior corresponde aos quatro segmentos originais do prossoma de um aracnídeo e é coberta por uma placa quitinosa chamada propeltidium. Os olhos situam-se em uma pequena elevação mediana na margem anterior do propeltidium. A seguir existem dois pares de faixas transversais, o arcus anterior e o arcus posterior, que correspondem ao quinto segmento, e logo após, um tergito retangular, correspondente ao sexto segmento, chamado post-peltidium. O opistossoma é ovóide e consiste em 11 somitos bem definidos, sendo o primeiro reduzido no adulto. O orifício genital e os estigmas traqueais ficam no ventre do opistossoma. A membrana pleural entre os escleritos do opistossoma é muito elástica e após alimentação o corpo do animal pode ficar muito inchado.
   As quelíceras dos solífugos têm dois segmentos e são muito grandes e robustas, podendo alcançar o tamanho do restante do prossoma. Essa é uma das características mais marcantes da ordem. Nos machos o primeiro segmento da quelícera possui um flagelo, cuja função é desconhecida. O pedipalpo possui seis segmentos. As coxas (primeiro segmento) possuem estruturas chamadas gnatobases com função alimentar. Na extremidade do tarso (último segmento) ao invés da garra terminal presente em outros aracnídeos, existe um órgão adesivo, que auxilia a subida em superfícies lisas. O pedipalpo é muito semelhante às pernas, por isso os solífugos parecem possuir dez patas ao invés de oito. A seguir vêm os quatro pares de pernas ou patas propriamente ditas. O primeiro par é alongado e usado com função sensorial. Os outros três pares são tipicamente ambulatoriais, usados para locomoção. Nas coxas e trocânteres do último par de pernas possuem estruturas em forma de raquetes de tênis chamadas malleoli. Essas estruturas são exclusivas da ordem Solifugae e tem função desconhecida, mas são altamente inervadas e muito sensíveis ao toque.
   Os solífugos ocupam regiões quentes e secas. São típicos da fauna dos desertos do Saara e Kalahari, Ásia menor, Irã, Iraque, estepes do Turquestão e Mongólia, México, Texas, Flórida, Andes, deserto de Atacama no Chile, Argentina. Também ocorrem no Vietnã, Molucas, Europa Mediterrânea e Brasil. São completamente ausentes na Austrália e em Madagascar, e também em regiões temperadas. Abrigam-se sob pedras, cavidades pré-existentes como tábuas, telhas, ou buracos cavados por eles mesmos.


@romulusmota

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Lacraia ou centopeia


   


   Lacraias ou centopeias são animais peçonhentos (cujo veneno não é muito perigoso para o homem) pertencentes à classe Chilopoda.
   Têm o comportamento típico de levantar a cauda, quando ameaçadas. No entanto, não é na cauda que se encontram os ferrões e sim nos maxilípedes. Algumas espécies de centopeias são inclusive capazes de comer pequenos roedores, anfíbios e até mesmo serpentes. São extremamente ágeis e vivem em ambientes húmidos sob folhas e troncos podres, à procura das presas com que se alimentam.
   Possuem hábitos noturnos e alojam-se sob pedras, cascas de árvores, folhas no solo e troncos em decomposição, ou constroem um sistema de galerias, contendo uma câmara onde o animal se esconde. Podem também ser encontradas em hortas, entulhos, vasos, xaxins, sob tijolos, enfim, em qualquer parte da casa que não receba luz solar e seja húmida.
   As lacraias ou centopeias, são animais peçonhentos, uma vez que possuem uma glândula inoculadora de veneno e podem produzir acidentes dolorosos. Na maioria dos acidentes, em geral ocorridos na manipulação de objetos onde este animal estava escondido, o quadro clínico não é grave, variando de acordo com o número de picadas, e da sensibilidade ao veneno por parte da vítima.
   Na superclasse myriapoda os animais apresentam os órgãos de tomosvary, que são higroreceptores. Graças a esses órgãos elas conseguem procurar um local de maior umidade. Os miriápodes têm grandes problemas com a perda de água. Um dos fatores são os espiráculos (respiração) que se encontram abertos, facilitando a perda de água por evaporação.
   As lacraias são quilópodes, são animais de sexos separados e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto. São animais com o corpo formado por numerosos segmentos, com pares de pernas articuladas. Os quilópodes possuem um par de pernas em cada segmento; possuem o corpo dividido em cabeça e tronco. Na cabeça, possuem um par de antenas e olhos simples.
   É um mito popular que elas transmitem doenças.

@romulusmota

domingo, 4 de setembro de 2011

Naja


   Naja é um género de serpentes da família Elapidae Francine, natural do Sul da Ásia e da África. São conhecidas pelos nomes populares de cobra, cobra-capelo, cobra-de-capelo ou naja. São animais peçonhentos, agressivos e bastante perigosos. Algumas espécies têm a capacidade de elevar grande parte do corpo e/ou de cuspir o veneno para se defender de predadores a distâncias de até dois metros. Outras espécies, como por exemplo a Naja tripudians, dilatam o pescoço quando o animal é enraivecido. A artimanha serve para "aumentar" seu tamanho aparente e assustar um possível predador. Atrás da cabeça, a naja também pode possuir um círculo branco parecido com um olho, também eficaz em amedrontar agressores que a confundam com um animal maior e mais perigoso.
   As najas são os animais tipicamente utilizados pelos célebres encantadores de cobras da Índia; no entanto elas apenas acompanham o movimentos da flauta, já que cobras não possuem audição.


@romulusmota